Título em Português: LOOM : O Tear do Tempo-Espaço
Título Original: LOOM
Início da Tradução: 15/04/06
Colaboradores Diretos: RafaelGC e Jinn
Breve Descrição: Essa tradução está sendo feita na versão CD do game, pois possui as vozes dos personagens, que até o exato momento estão um pouco dessincronizadas pelo ScummVM. Não testei esse game no DOSBox, por isso não posso afirmar que esse “problema” é ou não culpa do VM.
Esse projeto promete pois é um belo jogo, agradável aos olhos e aos ouvidos.
Essa é uma imagem bem legal que estou trabalhando para conseguir inseri-la no próprio game. Nada mais é do que o subtítulo que será, ou melhor, já é: "O Tear do Tempo-Espaço".
É uma imagem beta, por tanto pode mudar, e espero que para melhor.
Foi feita por mim e com o auxilio do Jinn, nosso artista de plantão.
Em breve, mais imagens editadas, e tbm um comentário sobre um dos grandes defeitos desse jogo. Uma critica legal e uma solução já dita e comprovada por estrangeiros que não vai dar pra arrumar tão cedo. Mas eu sou australiano, e não desisto nunca!
Sim sim, a tradução de LOOM continua, porém em um ritmo desacelerado pois o
responsável por essa está em período de extremo “caos estudantil-trabalhista”. ^^
Por isso venho aqui dar esse comunicado. O projeto não está morto!
Apenas indo bem devagar, e claro, sem perder a qualidade =D
Enquanto isso, dê uma lida na análise feita pelo pessoal da PTGamers, muito interessante para quem ainda não jogou esse excepcional adventure.
LOOM - Tecer o futuro do mundo...Se há pessoas que nasceram para triunfar, George Lucas foi certamente uma delas. Quando em 1971 fundou a LucasFilms, deu a conhecer ao mundo uma das melhores empresas cinematográficas de sempre que nos trouxe grandes sucessos de bilheteira. Anos mais tarde, esta empresa de sucesso decide tentar a sua sorte no mundo dos videojogos, e o resultado? Jogos que ainda hoje são considerados dos melhores no gênero.
Desde sempre que a LucasFilms é conhecida por inovar, e essa fantástica capacidade foi transportada para os computadores, com a criação de jogos com gráficos e interfaces inovadores, como por exemplo o SCUMM (Script Creation Utility for Maniac Mansion) utilizado para criar a sua primeira aventura gráfica, Maniac Mansion.
Loom, a aventura de que vamos falar esta semana foi mais uma experiência com as interfaces por parte da LucasFilms, e o resultado final é adorado por uns e odiado por outros, mas não deixa ninguém indiferente.
Passado num universo de fantasia, Loom coloca o jogador na pele de Bobin Threadbare, um jovem aprendiz da guilda de tecelões. Esta guilda é responsável por zelar pelo Tear (Loom) que tece os destinos do mundo. A aventura começa quando Bobin assiste ao aprisionamento da sua mãe adotiva por parte dos anciões da guilda e ao que parece, Bobin é o motivo deste castigo. A partir deste momento ocorrem vários acontecimentos que vão mudar a face do mundo para sempre. A história de Loom é cativante, e vai-se desenrolando de forma gradual ao longo de todo o jogo, como aliás é costume nos jogos de aventura.
Para quem já teve a oportunidade de ler, existe algum paralelismo entre a história da trilogia SevenWaters (Livros) e Loom, e não me espantaria se descobrisse que Loom teve alguma influência nesse universo. Se gostaram de SevenWaters, gostarão certamente de Loom. Se não conhecem SevenWaters… bem… estão sempre a tempo.
Gráficos:Os gráficos de Loom são bastante competentes, particularmente na edição especial de CD que analisamos, que já conta com gráficos VGA. Como a cor também representa uma parte importante na história do jogo, houve algum cuidado na utilização das mesmas, e o resultado final é bastante positivo, especialmente quando comparado com jogos mais recentes desta empresa.
Numa nota menos positiva tenho de referir que por qualquer motivo estranho, a representação gráfica dos objetos não foi refeita para VGA, sendo apresentada a versão EGA (16 cores), o que de certa forma cria um impacto negativo no jogador, pois fica desenquadrado do restante ambiente. Terá sido falta de tempo? Qualquer que tenha sido a razão, colocou uma nódoa perfeitamente evitável num produto de qualidade.
Som:Curiosamente e embora esta seja uma aventura musical, Loom conta com muito poucas melodias durante o jogo (exceto aquelas melodias de quatro notas necessárias à realização dos feitiços). O tema da introdução é bastante competente, o que nos deixa a pensar porque não terão incluído mais músicas durante o jogo (Nota: O sistema de música interativa iMUSE só foi mais tarde introduzido pela LucasFilm no segundo episódio da saga Monkey Island).
Uma surpresa bastante agradável foi a qualidade das vozes que podemos ouvir nesta edição de CD-Rom, que estão bastante acima daquilo que poderíamos esperar de um jogo com esta idade (ainda mais porque as vozes foram apenas introduzidas mais tarde, com o lançamento desta edição especial de CD).
Jogabilidade:A jogabilidade de Loom é bastante boa, e o jogo acaba por fluir de uma forma bastante natural. A história é bastante interessante, o que de certa forma agarra o jogador. No entanto, os puzzles do próprio jogo são relativamente fáceis de resolver, e não representa grande desafio para jogadores experientes, acabando por tornar Loom num jogo demasiado curto.
Quando terminamos o jogo ficamos com aquele feeling de que gostaríamos que se tivesse prolongado por mais tempo, pois o tempo que passamos no universo de Loom é muito interessante.
Interface:A Interface de Loom é provavelmente a mais original de todas as interfaces que podemos encontrar neste gênero de jogos. Para avançar na aventura, o jogador não tem de teclar verbos (como nas primeiras aventuras da Sierra, por exemplo), não tem de os conjugar com o rato (como no interface SCUMM), nem sequer tem de escolher o tipo de ação através da rotatividade de ícones do rato (apanágio das aventuras gráficas do inicio da década de 90). Em Loom apenas existe um cursor através do qual a nossa personagem interage com o ambiente, e que lhe permite aprender melodias que mais tarde pode utilizar para lançar os feitiços. Por exemplo, quando no início do jogo ouvimos a melodia do feitiço que faz o ovo abrir, sabemos que podemos mais tarde utilizar essa melodia para fazer abrir outros objetos. Também é verdade que a melodia tocada em sentido inverso (do fim para o inicio) faz “fechar” o objeto de destino.
Desta forma original, Bobin vai aprendendo novas habilidades que lhe permitem avançar na sua aventura. Esta interface é original, mas pode representar um problema para quem como eu é “duro de ouvido”. A pensar neste tipo de jogador, a LucasFilms dá a escolher três níveis de dificuldade. A diferença entre os níveis de dificuldade está relacionada com a forma como aprendemos a música, podendo ir de uma representação visual do nosso bastão com uma escala musical (para que possamos tirar apontamentos), até apenas ouvirmos a melodia, e temos de a decorar para utilizar mais tarde.
Pessoalmente gosto bastante desta interface, mas reconheço que ainda haveria algum trabalho a fazer para a tornar mais “flexível”.
Conclusão:Quer se goste ou se odeie, Loom é incontornavelmente um marco na história dos videojogos. Uma aventura muito original, com uma interface revolucionária (que infelizmente não voltou a ser utilizada) que mostrou ao mundo que uma aventura gráfica não necessita de ser sempre igual.
Do ponto de vista do envelhecimento, as aventuras gráficas têm uma grande vantagem sobre os restantes jogos, pois o seu ponto forte é a história e o ambiente, não os gráficos. Assim, um verdadeiro fã deste tipo de jogos acaba por desfrutar dos jogos mais antigos como Loom, como se de um novo lançamento se tratasse.
Uma aventura altamente recomendável, que é obrigatória para todos os amantes deste gênero.
Por Bruno Fonseca
http://classicos.ptgamers.com/analise.asp?id_analise=41
Alterado para o português Brasil por: RafaelGC